Passeios com uma IA

Passeios com uma IA

Códigos, Textos produzidos pelo modelo de linguagem ChatGPT e Imagens Digitais criadas pelo modelo de geração de imagens Stable Diffusion 1.5 com descrições produzidas pelo modelo CLIP de visão computacional

Os passeios com uma inteligência artificial foram as ações que deram início, de certa forma, a todos os trabalhos que produzimos durante a pesquisa.

O objetivo inicial era produzir uma interface entre a cidade e uma inteligência artificial generativa que produz imagens a partir de textos. Era necessário que o modelo matemático pudesse enxergar, pois não interessava as descrições feitas por um humano, das fotografias capturadas durante os passeios, mas sim que a IA pudesse entrar em contato com a cidade. Para isso foi desenvolvido um pequeno código, executado em uma página acessível pela internet, que possibilitava o acesso à câmera de smartphones e a comunicação com a IA hospedada em um servidor na nuvem. E foi assim que eu e a artista descentralizada artificial saímos para passear algumas vezes.

Os registros tomam a forma de um tríptico, onde a imagem mais a esquerda é aquela capturada pela câmera, a imagem central é a primeira impressão que a inteligência artificial teve ao receber a imagem e a descrição produzida por ela. Por fim, a terceira imagem é resultado de seu processo criativo de extrair elementos visuais de uma imagem ruidosa, sendo guiada pela descrição textual.

Em sua primeira versão a inteligência artificial apenas gerava imagens a partir das descrições que ela mesmo construía das imagens capturadas pela câmera. Em um segundo movimento deste experimento foi integrado à rede um modelo de linguagem (ChatGPT) para que a artista descentralizada produzisse também um registro escrito dos passeios que fazia.

Este trabalhou teve como desdobramento um texto que foi publicado na revista Pixo de arquitetura, cidade e contemporaneidade.

Interface para comunicação com a artista descentralizada

Além dos passeios feitos comigo, houve uma intervenção realizada no Encontro Nacional da Associação Brasileira de Psicologia Social, onde a artista descentralizada artificial pôde passear com outras pessoas. Os registros destes passeios podem ser vistos nesta página.